Quando o ser humano e a natureza pura se conjugam, eis que nasce a perfeição

Quando o ser humano e a natureza pura se conjugam, eis que nasce a perfeição

28 de fevereiro de 2007

Ainda bem que há dias assim!


Hoje digo: ainda bem que há dias assim!

Ontem senti-me como se tivesse a fazer o mais correcto;
Ontem dei comigo a sonhar no decorrer duma aula;
Ontem convenceram-me que tenho forças suficientes e capacidade para estar onde estou;
Incentivaram-me a seguir os sonhos, fizeram-me ver que só correndo riscos se consegue chegar mais longe que os outros.
Afinal, o que é a gestão se não mais do que isso?

Se por um lado há professores naquela escola que não consigo perceber o que ainda lá estão a fazer; ainda bem que, por outro lado há aqueles que me mostram que vale a pena continuar a lutar e a acreditar que ali ainda se aprende algo.

São pessoas como a professora Paula Anselmo, o professor Fernando Macedo Pires, o professor Joaquim Oliveira, ou como o professor António Braz Pinto que nos fazem acreditar que é possível.

Ontem dei comigo a perguntar-me o que um professor como o Doutor António Braz Pinto faz no ISLA.

É certo, que ainda bem que é docente desta minha escola, mas sinto-me obrigada a perguntar- até quando?

Pessoas assim que conversam com os seus alunos;
Que têm uma enorme vontade de ensinar tudo o que sabem;
Pessoas que, realmente, nos estão a preparar para o futuro que está aí à nossa frente.

Ainda bem que há dias assim; em que, finalmente, conseguimos sentir que estamos no caminho certo.

Obrigado professor pelo dia de ontem.

27 de fevereiro de 2007

Para que serve a Liberdade quando não há mais ninguém?


"Na ilha deserta, podes fazer a tua casa na praia, com a madeira de árvores centenárias e cantar bem alto, às horas que te apetecer. Podes andar nu. Não há PDM, áreas protegidas, vizinhos, condóminos, contribuição autárquica. A única lei que te obriga é a da sobrevivência, mas, se a ilha tiver fruta e galinholas, o mar livre de traineiras assegurar-te-á uma rica e saudável dieta. Não casarás e, por isso, não há contratos pré-nupciais a celebrar. Não tens nada para vender nem para comprar, o que te dispensa de todos os contratos de compra e venda. És rico - tens uma ilha inteira - mas não tens ninguém a quem deixar a tua riqueza: não precisas de fazer testamento. Com quem vais discutir os teus interesses? Com quem vais fazer acordos? Quem te diz o que podes ou não podes fazer?
Um dia, porém, quando começavas a estar farto da tua liberdade, outro náufrago chega à tua ilha. Já não é tua. Tens duas hipóteses: ou te pões de acordo com ele ou o matas, se fores capaz. Mas se o matares, ficas outra vez sozinho. O ideal é estabelecer regras que permitam a convivência pacífica e, sobretudo, permitam que cada um aproveite as capacidades e as aptidões do outro, porque, como sabes, não há duas pessoas iguais. E, então, cada decisão tua que implique, de alguma forma, o outro deve conformar-se com as regras da vossa convivência. É para isso que, um belo dia, chega à ilha um terceiro habitante: o notário. Em breve, virão as mulheres, as empresas, os barcos e os aviões, e tu, vendo os teus netos correrem na "tua" praia, continuarás a perguntar-te, sem encontrar resposta, para que serve a liberdade, quando não há mais ninguém."

(in, Ordem dos Notários)

21 de fevereiro de 2007

Alguém tão próximo que magoa!

Alguém, que me é tão próximo, pronunciou há tão pouco tempo, que uma mãe só não conhece os filhos que tem se não quiser!
Acredito que sim, com toda a certeza e no meu caso é, sem dúvida, o que acontece.
Há alguém que não quer ver o óbvio;
Há alguém que não anda a compreender de que forma as suas acções e decisões se reflectem num dos seus filhos.
Uma mãe que, constantemente, magoa um filho, será uma boa mãe? Ainda mais quando acho que nem se apercebe do resultado dos seus actos?

Há coisas que me têm magoado muito nesta vida, mas o que são coisas sem o intermédio de pessoas?
Então corrijo e digo: "Há pessoas que me têm magoado e muito".
Pessoas que talvez fosse suposto serem aquelas que me cuidariam, que me aconchegariam quando outro me tivesse magoado.

Hoje, uma vez mais me disseram que há coisas que não se negam a ninguém. Mas fui obrigada a responder que não posso pensar assim, pois depende do quê, a quem...
Porque quando me prestei a dar um copo de água a alguém que dizia ter sede;
quando me disponibilizei a emprestar o meu cartão multibanco...
sempre que me propus a lavar/arrumar aquilo que não me pertencia...
a única coisa que recebi, foram formas erradas de agradecer
E sinceramente, já não me sinto capaz de dizer que foi quando ofereci um copo de água a alguém que não conhecia que mais me magoei.
Hoje esse caso está resolvido, enquanto que das outras acções, em que o personagem é o mesmo e alguém que me é tão familiar, continua a agir da mesma forma, com tendência a piorar, não se mostrando minimamente arrependido.

Hoje, e uma vez mais, essa pessoa chorou em público como se tivesse muito arrependida;
como se fosse ela a vítima;
como forma de comover alguém que fazia parte do público e que tanto convinha emocionar.

Parabéns, pois continuas a ganhar pontos no que toca ao público feminino, sabes pontuar como ninguém esse lado da questão.
Ainda com medo que a pontuação fosse baixa, disse que, quando chegou a casa, sentiu que a estão, gradualmente, a mandar embora dali.
Disse que sente que aquela casa já não é dela.
... E chorou!

Já não sei que posição tomar!
Se da indiferença, se aumentar as forças e lutar.
Lutar por justiça;
por imparcialidade;
pelo estritamente correcto;
Lutar apenas por aquilo que acho que mereço: Respeito!

Porque se sinto que alguém, com quem tenho de conviver, a única coisa que sabe fazer comigo é gozar, ou deixo de conviver com ela (o que não é possível), ou terei de exigir um mínimo de consideração.

Assim espero ter ganho um pouco mais de forças para continuar a luta.

Um obrigado a todos vós!

14 de fevereiro de 2007

...porque há dias assim?!!!

Hoje é daqueles dias em que queria escrever, queria assinalar a data.
Mas nada me ocorre.
Parece que quando mais desejamos, mais inalcansável fica o nosso desejo.
O sonho, esse continua presente;
Porque acredito, porque sinto que é possível, porque tenho quem me ama e amo esse alguém.
E se assim é, que mais poderei querer??

Muitas outras coisas gostava que mudassem, mas se até eu deveria mudar...

Certamente, que há momentos em que parece que não vale a pena sonhar; e acreditar na felicidade pura parece patético, pois parece longinquamente distante, parece fugir e não dar hipótese de ser apanhada;
Mas mesmo assim, acredito que muito brevemente a agarrarei com toda a força e convicção.

Hoje uma vez mais, é a ti que escrevo. Afinal no dia de hoje, a quem mais poderia ser?

Ironicamente, hoje não nos podemos tocar, sentir, beijar.
Hoje não oiço o bater do teu coração;
Hoje não posso adormecer no teu peito e sentir-me aconchegada, mas não é por isso que não te sinto, que não sinto aquele tão grande sentimento que me faz ver, todos os dias, que posso e quero ser feliz, pois tenho tudo o que mais necessito.

És meu namorado, desde que és meu amigo, é desde o mesmo momento, será isso que torna uma relação especial?

Hoje constato, com tudo o que me é possível, que de facto, um atributo que te qualifica, é ESPECIAL.

Apenas porque és, porque sabes amar, sabes ser, acima de tudo, amigo; porque sabes viver!
Hoje agradeço-te por seres quem és e por teres partilhado isso comigo.
Se morresse hoje, poderia dizer, com toda a certeza, que amei e fui amada.
Um tão grande amor para ti.
De certa forma, sinto que tenho aproveitado a vida e sinto-me bem com isso.
Mas se o tenho conseguido, a ti o devo.
amo-te

7 de fevereiro de 2007

... Quando é que vou mudar?

Ou quando é que vai mudar?
Quando vou sentir que tenho sorte na vida?
Quando chega a altura de começar a viver?

Estou onde, dentro do possível, me sinto mais protegida.
Uma vez mais estou onde não devia estar!

Se por um lado me apetece viver, me apetece enfrentar tudo e todos, me apetece imaginar e idealizar o meu futuro;
por outro não quero, tenho medo de ver o que me espera, não quero algo que possa ser pior que o presente...
apenas, porque acho que não ia aguentar.
Estou cansada, estou farta, estou sem forças.
Sinto-me a perder tempo precioso, em algo que não me dá prazer, que não me tem feito feliz, em algo que não me insentiva a viver e a seguir em frente.

Receio que este tempo me vá fazer falta. Se algum dia encontrar a sorte, definitivamente, que sentirei falta dele.

Há tempos escrevi que não percebo porque as pessoas se arrependem, depois conclui que só acredito que haja arrependimento, quando não se sabe o que se quer.
E temo tanto por isso, porque neste momento não sei bem o que quero, nem o que ando a fazer, acho que neste momento, não sei quais são os meus objectivos.
E se, por acaso, não estiver a ir pelo caminho que "quero", quando chegar a esse momento do futuro, pensarei que podia ter feito muito melhor, que podia ter agido de uma outra forma, que podia ter vivido de maneira diferente... que podia ter sido feliz.

Não quero ter essas conclusões!
Quero continuar a dizer que nunca me arrependi de nada que fiz.
Mas como posso???
É certo que nem sobre tudo tenho dúvidas, incertezas, ou indecisões.
Pois há alguém que sempre me apoia, me incentiva, apenas porque me ama.
... mas percebi que não chega, não estou a conseguir viver satisfeita comigo, com a minha vida.
Preciso perceber o porquê;
Preciso encontrar soluções
Espero perceber-me o mais breve possível.

Preciso aproveitar o tempo que passa;
Preciso viver;
Preciso me sentir feliz e sem medo de olhar o futuro.

2 de fevereiro de 2007

... Afinal o tempo pára!

Hoje, uma vez mais relembro o dia em que te ausentaste deste espaço,
Espaço esse que permanece vago aqui ao meu lado.
Pois é e será sempre teu,
Não há ninguém capaz de o ocupar.

Há quem queira que esqueça;
Há quem queira que o ocupe;
Há quem queira que imagine que nunca te pertenceu...

Mas como posso?
Se foste tu que sempre me contaste histórias.
Eram as tuas histórias,
Não eram imaginárias,
Mas, certamente, mesmo por isso
Eram tão mágicas,
Eram longíquas.
E faziam-me rir, sonhar,
Faziam-me tentar perceber a tua história,
Por isso te admiro.

Pela tua capacidade de narração que sempre recordarei,
Pela felicidade que ficava espelhada na tua cara, quando as contavas,
Por nunca te evergonhares daquilo que foi a tua vida,
Mas antes, tentavas parecer que a tinhas amado,
Quando ela tanto te fez sofrer.

Eras mágico,
Eras amigo,
Eras o meu último elo de ligação a esse passado distante.

Não só eras,
Como sempre o continuarás a ser,
Pois as recordações que tenho,
Nunca ninguém as apagará.
Apenas porque és realmente especial,
Até mesmo o dia que escolheste para partir,
Parece que foi idealizado (02.02.2002)

Não sei se partiste com um sentimento de culpa por mim,
Por seres quem estava comigo naquele dia (10.09.2001)
Nunca consegui falar contigo sobre isso,
Pois tinha medo de te magoar.
Hoje lamento nunca ter sido capaz,
Pois ficarei sempre na incerteza
Por não saber se te marterizas,
por não me teres protegido.

Desejo que não.

De ti sinto saudade,
Sinto falta,
Sinto orgulho,
Sinto uma enorme alegria por fazer parte da tua existência.

Serás sempre aquele avô - Brioso

1 de fevereiro de 2007

... VAMBORA

Hoje nada de mais especial me ocorre, por isso aqui vos deixo uma letra que me faz sonhar que me faz acreditar que é possível...

Vambora

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem, v'ambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Na cinza das horas

(Adriana Calcanhoto)