Quando o ser humano e a natureza pura se conjugam, eis que nasce a perfeição

Quando o ser humano e a natureza pura se conjugam, eis que nasce a perfeição

31 de janeiro de 2007

... uma das minhas paixões

Quem me conhece sabe bem que a dança é uma das minhas grandes paixões.
Hoje falo-vos de algo que deixei por orgulho, por justiça para comigo, por ser uma pessoa que segue os seus ideais.
E pensam vocês, se sigo os meus ideais, então porque deixei para trás uma das coisas que mais me fazia sonhar?
Digo-vos que foi por isso mesmo.
Sei que o Ballet, enquanto actividade física, é-o muito mais do que isso, pois é disciplina, rigor, pontualidade, perfeição, luta, sacrifício, quase que submissão... mas humilhação, desvalorização pessoal, injustiça são coisas com as quais não sei viver. E mais, acho que nada têm a ver com esta arte.
Por isso, quando senti que mais do que perfeição, luta, havia disputa, sinismo, mas acima de tudo, não havia compreensão, tive, por mais que me tenha custado, abandonar o sonho, pois tinha de ser justa com aquilo em que acredito.
Algo que tanto valorizo, que são os sentimentos, ali não tinham espaço para existir, ali não importava se o pai estava a morrer, se tinhamos o casamento do irmão, se estávamos felizes, contentes, tristes.
Não acho que por qualquer desculpa se falte a uma aula, a um ensaio, mas há razões e razões e neste caso não podia aceitar o que estava a acontecer.
Senti-me injustiçada, incompreendida, profundamente desapontada. Por isso, por ser justa para com aquilo em que acredito, não podia, por mais que me tenha custado, continuar com aquela que ainda hoje não deixou de ser uma das minhas paixões.

Acredito que um dia voltarei para continuar com aquilo que tanto me fazia sonhar.

30 de janeiro de 2007

Os sons do silêncio



Oiço o silêncio da chuva,
Escuto o silêncio do vento;
São silêncios com os quais nos sentimos bem.
São silêncios que, ao contrário de muitos outros, nos preenchem!
Nos mostram que não estamos esquecidos,
São silêncios que nos fazem esquecer a solidão.
O vento, a chuva têm em mim um efeito relaxador.
Com eles sinto-me protegida, acarinhada.
Adoro o silêncio do estalar duma fogueira!
Quando todos estes silêncios se conjugam, sinto que estou em mim.
Lembro-me de quem sou
e consigo reflectir sobre o meu ser.
Dos outros silêncios, não quero nem falar,
pois fazem-me mal.
São silêncios ecos, vazios
São silêncios demasiado frios.
Leva-me à melancolia,
À depressão.
Odeio tal forma de silêncio.
Este silêncio tem em mim um efeito pior que muitas palavras que pudesse ouvir.
Consegue despir-me de toda a felicidade que possa ter.
Retira-me tudo o que consegui ganhar enquanto escutava o silêncio junto à lareira, a ouvir a chuva tocada a vento.
Quando te sinto, pertenço-te
por isso te agradeço uma vez mais

29 de janeiro de 2007

11 de Fevreiro - IVG


Dia 11 lá teremos, uma vez mais, a nossa obrigação de ir votar. Desta vez para o referendo da Interrupção Voluntária da Gravidez.
No meu ver, acho que se deveria chamar antes, despenalização, ou melhor ainda, descriminalização da Interrupção Voluntária da Gravidez.
Porque não acredito que nenhuma mulher tenha o mínimo prazer em abortar, pois estar grávida deve ser, concerteza, o maior prazer que se pode ter na vida, mas quando desejada e compatível com o seu modo de vida.
Assim, a lei que vai a referendo pretende abrir esta possibilidade, sobretudo, às mulheres pobres e mais oprimidas, de quotidianos muito difíceis, porque as outras, as de nível social e cultural superior, não precisam que se lhes abra esta possibilidade. Quando decidirem abortar, mesmo que votem “não” no Referendo, sabem muito bem onde há clínicas privadas e vão por elas, como quem dá um passeio à nossa vizinha Espanha.
Tive o prazer de ler uma opinião dum padre àcerca do assunto, de onde retirei este pequeno excerto:
"(...) Então, para os que estão do lado do "Não", para estes as mulheres que em consciência decidem abortar não existem como pessoas, sujeitos de direitos e de deveres, são apenas coisas, barrigas de aluguer, objectos que os machos irresponsavelmente engravidam e, depois ainda, lhes exigem que levem a gravidez deles ao fim, sob pena de irem para a cadeia, se se recusarem a fazer-lhes a vontade, expressa em leis que eles escreveram e aprovaram, e em julgamentos a que eles presidem e onde dão as sentenças.
Por mim, não quero que uma mulher que em consciência decidiu abortar tenha, como única saída, o aborto clandestino, feito em condições traumáticas que podem tornar infecunda para o resto da vida aquela que o faz, tantas vezes, ainda jovem, ou mesmo adolescente, e que, por razões as mais diversas, engravidou contra a sua vontade. Nem que a razão mais forte tenha sido a irresponsabilidade ou a leviandade ocasionais. Numa sociedade humana, não apenas animal, quero que a mulher embaraçada com uma gravidez não programada e não projectada tenha outra porta aonde bater e que essa porta sejam os estabelecimentos de saúde pública. A lei que vai a referendo é isso que proporciona às mulheres grávidas que em consciência decidam abortar, no período máximo das primeiras dez semanas. Por isso é bem-vinda. Já deveria ter sido aprovada há muitos anos.
Os bispos católicos portugueses, infelizmente, não vêem assim. E escondem-se por trás do que eufemisticamente chamam “defesa da vida”. Mas quem defende mais a vida, no caso concreto duma mulher que decidiu na sua consciência abortar? O que a atira para o aborto clandestino e para a prisão, ou o que lhe abre a porta do hospital público, em ambiente de humanidade, de afecto, de diálogo e de menos traumas? Nesta última via, a mulher não fica em melhores condições de saúde para poder programar uma nova gravidez desejada e levá-la ao fim? Aliás, conceber entre seres humanos, não há-de ser diferente, não tem de ser diferente de conceber entre animais? Ou um acto de tamanha importância, como é gerar uma filha, um filho, não exige mais, muito mais do que o simplismo irresponsável de um “aconteceu e agora há que aguentar?”
É hipocrisia ignorar esta realidade e, em alternativa, defender que se deve investir tudo na prevenção, em lugar de ir a correr aprovar a lei de despenalização do aborto. O que eu defendo é: aposte-se tudo na prevenção, mas, enquanto continuar a haver mulheres que abortem às mãos de habilidosas abortadeiras, aprove-se a lei de despenalização e abram-se os hospitais públicos a estas mulheres de carne e osso e de vidas difíceis, como alternativa às abortadeiras e à clandestinidade. Não coloquemos as coisas em disjuntiva, ou-ou, mas em copulativa, e-e; não, prevenção ou lei de despenalização, mas, prevenção e lei de despenalização, pelo menos enquanto esta for necessária como mal menor. Acho que esta minha posição prática/pastoral está muito mais conforme ao Evangelho de Deus que Jesus, o de Nazaré, nos deu a conhecer mediante a sua prática cheia de misericórdia contra a insensibilidade/crueldade dos fariseus que, em nome da pureza legal, mantinham as pessoas, sobretudo, as mulheres na opressão e na menoridade e na impossibilidade de escolherem em consciência.
Que cruel é o Direito Canónico da Igreja católica que condena com pena de excomunhão as mulheres que abortam; e já não condenaria com essa mesma pena as mulheres que, só para não serem excomungadas, decidissem levar a gravidez ao fim e depois matassem o bebé recém-nascido. Espantam-se? Mas é assim a crueldade do Código de Direito Canónico! Mas eu pergunto mais: E porque é que só o aborto tem pena de excomunhão e não todo e qualquer homicídio voluntário, as guerras e os ditadores? Não é porque só as mulheres podem escolher e decidir abortar, não os homens?
Digo mais: Insensíveis são os bispos católicos, para não dizer cruéis, que não querem que as mulheres sejam sujeito de direitos e de deveres, também em relação ao seu corpo e à sua sexualidade e para decidirem em consciência se hão-de abortar ou não. Querem-nas eternamente menores, súbditas, tuteladas, primeiro aos pais, depois aos maridos e, durante toda a vida, aos párocos, aos bispos e ao papa." (Padre Mário de Oliveira).
Assim, a minha opinião é de que não será por se despenalizar a IVG que haverá uma levada de abortos, pois não é por ser legal que uma mulher que esteja grávida, se irá dirigir aos hospitais para abortar.
Apenas acho que uma gravidez não nasce somente através de actos que uma mulher possa ter praticado, pois é algo em que necessita de uma parte masculina e é por isso que não percebo como pode ser a mulher a única condenada, pois se o que está em questão e que os defensores do "Não" tanto apregoam, é o matar uma vida, então essa vida pertence aos dois, homem e mulher, não é por residir na barriga da mãe que esta será a única responsável.
Também não acho correcto que uma mulher decida abortar sem conversar, decidir, concluir o que quer que seja, sem o conhecimento daquele que também está "grávido". A questão é que muitas das vezes, a parte masculina, simplesmente, desaparece. Mas concluo assim, que a mulher não tem de ser condenada, porque muitas vezes esta foi, uma vez mais e, apenas só, um mero reservatório de esperma.
Aqueles que se dizem defensores de vida, que tanto apregoam a que não se efectuem estes abortos, até porque a taxa de natalidade é baixíssima... mas que raio de argumento é este??? Quando hoje em dia, uma gravidez, já quando planeada entre o casal, onde muitas das vezes os filhos mesmo assim acabam por não ser mais do que fardos, quanto mais se vierem indesejadamente.
Este mundo precisa de pessoas que sejam amadas, e não mães que têm os seus filhos só por ter e depois ou os abandonam em um qualquer caixote de lixo, ou são crianças que vivem toda a vida infelizes, por se sentirem a mais.
Uma vida nasce de um amor entre duas pessoas, quando assim não é não faz sentido existir.
Cada um decide, eu estarei lá para receber o seu voto.
Dia 11 de fevereiro lá nos encontramos.
Vá votar

28 de janeiro de 2007

...pela nossa conversa de ontem!!


Amizade, será que é o que sinto?
Saudades, em tão pouco tempo?
Cumplicidade, esse sentimento tão gratificante.
Amor, ama-se um amigo?

Amar um amigo, enquanto amigo, como tal e apenas só?
Existirá tal sentimento?
Por vezes, pergunto-me se invento novas formas de amar alguém.
Será que se pode ter amigos como eu imagino?
Ou será passar dos limites do aceitável?
Mas sinto certezas de que quero viver para sempre contigo,
tu que és o meu finho,
Mas sinto uma enorme necessidade de ter outros pontos de apoio,
Necessito de amigos em que possa confiar para tudo.
Pergunto-me então, qual a diferença entre o que sinto pelo meu namorado e pelos meus amigos?
Sinceramente, não sei responder, apenas sei que é diferente!
Pois sei que é contigo que me sinto completamente e inteiramente compreendida.
É a ti que me dou completamente.
É contigo que sinto um qualquer sentimento que me faz chorar, quando estou imensamente contente por ter feito amor contigo.
É a ti que amo, que confio, que apaixono, que comunico,
É contigo e só a ti que me dou enquanto ser completo.

Tão simplesmente, amo-te

27 de janeiro de 2007

...um dia a mais na vida de alguém. Que diferença fará?


Um dia a mais na vida de alguém!
Que diferença fará?
Se somos indiferentes a tanta coisa
Se tanto desta vida nos é indiferente!
Não teremos de dar demasiada importância a coisas que não a têm.
Sentiremos a diferença, sim
De algo que seja realmente diferente
E que valha a nossa dedicação,
Compreensão,
Amizade.
Daremos amor, a quem nos ama;
Daremos amizade, a quem é nosso amigo;
Daremos companheirismo, a quem nos acompanha;
Daremos compreensão, a quem nos compreende;
Daremos um obrigado, a quem sempre está disposto a nos ajudar.
Daremos assim importância aquilo que é realmente importante.
E que consigamos conhecer as pessoas apenas pelo seu olhar.
Que saibamos perder, que assim, quando ganharmos saberemos, melhor que ninguém, como reagir.
Que as pessoas aprendam a agradecer,
Porque cada dia é único e não voltam a haver "momentos ideais", se já tiverem tido o seu momento para acontecerem.
Que as pessoas saibam apreciar todos os acontecimentos.
Que façamos aquilo que nos apetece,
quando nos apetece
e não ficarmos à espera do "momento ideal".
Que façamos tudo hoje, para que amanhã, não nos possamos arrepender de nada que gostariamos de ter feito ontem.
Que sempre que for possível acrescentar sorrisos à vida de quem nos rodeia, nao exitemos.
Que olhemos bem nos olhos das pessoas quando falamos com elas,
ou quando lhes queremos transmitir algo.
Olhemos bem nos olhos da pessoa, quando quisermos, simplesmente, olhar para ela.
Que não deixemos de fazer o que a alma nos pede, só porque temos medo de nos magoar,
pois é a única maneira de vivermos a vida na sua totalidade.
Que as pessoas sorriam sempre que possam,
Mas que as pessoas, acima de tudo, não se esqueçam de viver.
Que por mais que a vida pareça não fazer sentido,
Acredito que acontecerá sempre algo melhor que supera tudo o que passou.
Para que não pensemos demasiado em tempos que não são o presente.
VIVE O AGORA!

26 de janeiro de 2007

... Quando há sempre um banco de jardim à nossa espera.


... porque é bom,
porque sabe bem,
porque tantas inúmeras vezes, é com ele e nele que encontramos apoio,
porque está sempre LÁ.

LÁ onde nos faz falta,
LÁ onde nos sentimos bem,
LÁ onde nos descobrimos,
LÁ onde conseguimos encontrar a paz.

Paz que não conseguiriamos encontrar em qualquer outro lado,
porque é LÁ que ela está.
porque é LÁ que estamos dispostos a recebê-la.
LÁ, onde tantas vezes deixamos SEGREDOS,

SONHOS,

AMBIÇÕES,

VIDA.


Apenas porque sei que LÁ, haverá sempre um à minha espera!

25 de janeiro de 2007

... Porque sempre lutaste pela liberdade!


Hoje (23.Janeiro) é dia de aniversário!

Hoje faz anos o meu avô mais querido.
Hoje acordei triste e melancólica.
Hoje pensei e recordei aquele de quem sinto tanta falta.
Tenho saudades tuas,
Muitas mesmo.
Fazes falta.
Quero a tua companhia.

Mas sei que estás aí, sempre para o que eu precisar
Tu vais ver-me a ser feliz,
Tu vais festejar comigo, sempre que houver algo a festejar.

Porque gosto de ti,
Porque tu continuas presente,
Porque sei que nunca me abandonaste,
Apenas foste fazer companhia a alguém que também precisava.

ADORO-TE PARA SEMPRE

PARABÉNS

... porque há sempre uma 1ª vez




E ainda bem que assim é!
Hoje é a 1ª vez que escrevo naquele que é o meu/nosso blog, e estou contente por isso.
Estou a sentir que é diferente de escrever no papel e com caneta, mas é capaz de não deixar de ser interessante.
Espero assim ajudar, partilhar, experienciar, viver tudo aquilo que puder com aqueles que tenham o mínimo de interesse nisso.
... até tão perto!